É com muito prazer que venho neste artigo, falar um pouco sobre coisas grandiosas e belas que infelizmente em sua esmagadora maioria não mais existem – as verdadeiras provas da capacidade artística, e de planejamento do ser humano: As 7 Maravilhas do Mundo Antigo.
Obras de arquitetura, impressionantes e de valor histórico incalculável. Sua lista que havia sido idealizada entre 150 a 120 a .C por Antípatro (um poeta grego) foi modificada diversas vezes, até que estagnou numa tida como oficial, no século IV d.C. Ainda que não estejam mais de pé, informações precisas a seu respeito foram preservadas por estudiosos, ao longo do tempo. Após algumas pesquisas por aí, elaborei a descrição de cada uma delas. Boa leitura.
Pirâmide de Quéops
Cortesia do faraó Quéops na quarta dinastia (século XXVI a.C), a mais antiga das sete maravilhas, com cerca de 4500 anos de idade, (e a única da lista que ainda está de pé até hoje) se sobressai dentre as três grandes pirâmides de Gizé, por sua organização e projeto, tidos como os mais geniais e complexos da história da arquitetura. Com 146,60 metros de altura, era a mais alta construção já feita pela mão do homem até o ano de 1300, com a fundação da Catedral de Lincoln, que tinha 159 metros . Essa catedral foi destruída, fazendo com que a grande pirâmide voltasse a reinar absoluta, até a construção da Torre Eiffel, na França.
Hoje por conta da falta do seu revestimento (saqueado) e de parte do topo, a construção mede 137,16 metros . Na época de sua construção, empregou cerca de 100 mil pessoas, que trabalharam durante 20 anos... Há quem diga que dada à altíssima complexidade arquitetônica, e ao método utilizado pelos trabalhadores para transportar e erguer blocos de pedra com várias toneladas cada, o próprio conceito de “pirâmide” foi ensinado aos egípcios por ninguém menos que alienígenas... (sic).
Jardins suspensos da Babilônia
A menos conhecida de todas as maravilhas aqui descritas. Isso porque foi destruída em período desconhecido (talvez na decadência do período neo-babilônico), e mesmo assim, não existem vestígios arqueológicos de qualquer natureza – exceto um poço localizado nas proximidades, que devido a seu formato anormal, pode de fato ter feito parte dos jardins. Infelizmente com as evidências atuais, não é possível comprovar, muito menos provar ou desprovar coisa alguma.
Construído por Nabucodonosor II com o intuito de homenagear a sua esposa Amítis, os jardins suspensos eram impressionantes e dignos da mais profunda admiração, pelos que vinham de fora: Muitos viajantes acreditavam ser uma miragem, até chegarem perto o bastante. O conjunto consistia em seis montanhas artificiais, construídas com tijolos de barro cozido, sustentadas por grandes colunas que variavam de 10 a 100 metros de altura, numa série de terraços sobrepostos onde foram plantadas várias espécies de árvores e flores – por toda sua extensão, eram localizadas imensas cachoeiras artificiais que funcionavam por meio de um sistema hídrico interno, operado por trabalhadores que se revezavam em turnos. Por essas e outras, Heródoto dizia que a Babilônia (por sinal, o centro do mundo oriental na época), ultrapassava em matéria de esplendor qualquer outra cidade conhecida: Ele estava certo.
Hoje, as ruínas da Babilônia encontram-se abaixo da cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.
Estátua de Zeus em Olímpia
Trata-se de uma imensa estátua decorada com ouro e outras pedras preciosas, localizada em Olímpia, a cidade conhecida por sediar os jogos olímpicos da Grécia, na antiguidade. Construída por Fídias no século V a.C em homenagem a Zeus, rei dos deuses, a estátua possuía de 12 a 15 metros de altura – o equivalente a um prédio de 5 andares, sendo toda feita de marfim e ébano.
Considerada pelos gregos como uma verdadeira obra-prima, a estátua representava o próprio Zeus sentado em seu trono, com Nike (a deusa da vitória), repousando em sua mão direita, enquanto que na esquerda, segurava uma esfera sobre a qual se debruçava uma águia. Por idealizar obras de arte deste porte, Fídias era famoso por segundo os gregos, ser um dos únicos capazes de revelar aos homens, a face dos deuses.
Na época de sua construção, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental, mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época, ao contrário: O século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes. Acredita-se que a estátua foi destruída no ano 462 d.C durante um terremoto (800 anos depois que já tinha sido transladada da Grécia para Constantinopla).
Templo de Ártemis em Éfeso
Considerado o maior templo da antiguidade, ele foi construído em honra a Ártemis, deusa da caça e protetora dos animais. Quersifrão e Metagenes, foram responsáveis pelo seu projeto no ano 550 a .C e após concluído, passou a ser um ponto turístico e religioso, para onde os fiéis levavam oferendas de todos os tipos. Foi posto a baixo em 356 a .C por Heróstrato, cuja ação ele acreditava que seria capaz de trazer-lhe fama – coisa que de fato não aconteceu.
Foi reconstruído no ano da morte de Alexandre o Grande (323 a .C), porém os Godos o destruíram mais uma vez em 262 d.C. Sua importância foi diminuindo à medida que o mundo se convertia ao cristianismo, até que foi totalmente posto de lado em 401 d.C – desse tempo para cá, só restou um pilar, nas ruínas da construção original, atualmente um sítio arqueológico.
Mausoléu de Halicarnasso
Trata-se de um luxuoso e imponente monumento funerário, construído em 353 a .C por Sátiro e Pítis (arquitetos gregos), além dos escultores também gregos Briaxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. Foi um pedido da rainha Artemísia II do reino de Cária, para servir de sepultura a seu irmão e marido, o rei Mausolo.
Pedaços desta construção podem ser encontrados atualmente no Museu Britânico, assim como também em Bodrum, na Turquia.
Colosso de Rodes
Idealizado e construído por Chares de Lindo, cujas obras começaram em 294 a .C, era uma imensa estátua de 32 metros de altura, que representava o deus grego do sol, Hélios. O monumento teria sido construído, para comemorar a vitória dos gregos, sobre os macedônicos em 305 a .C.
Provavelmente, a construção levou 12 anos para ficar pronta – todo feito de bronze (extraído a partir da fundição dos equipamentos militares deixados para trás pelos macedônicos depois dos combates), o colosso foi erguido nas proximidades do porto da cidade, e permaneceu de pé menos de 60 anos, quando um terremoto (de novo terremoto... caramba...) o destruiu. Ficou em ruínas durante muito tempo, até a chegada dos árabes em Rodes, no ano de 654 d.C – os invasores do oriente médio, desmontaram as peças quebradas da estátua e as venderam.
Farol de Alexandria
Uma torre de mármore situada na ilha de Faros, próxima ao porto de Alexandria no Egito (daí o nome “farol”). Sua construção foi ordenada por Ptolomeu I ao arquiteto grego Sóstrato de Cnido.
Na sua câmara superior, havia uma chama acesa que ao ter sua luz refratada num jogo de espelhos, podia ser direcionada a até 50Km de distância no mar à frente, ajudando os barcos a se orientar na escuridão – sendo por isso o maior e mais imponente farol de sua época. Infelizmente também foi destruído por um terremoto em 1375, sendo a maravilha a durar mais tempo de pé (só atrás das Pirâmides de Gizé).
As ruínas do farol só seriam descobertas em 1994 por grupos de mergulhadores.
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