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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Recordando as 7 Maravilhas do Mundo Antigo

 É com muito prazer que venho neste artigo, falar um pouco sobre coisas grandiosas e belas que infelizmente em sua esmagadora maioria não mais existem – as verdadeiras provas da capacidade artística, e de planejamento do ser humano: As 7 Maravilhas do Mundo Antigo.
 Obras de arquitetura, impressionantes e de valor histórico incalculável. Sua lista que havia sido idealizada entre 150 a 120 a.C por Antípatro (um poeta grego) foi modificada diversas vezes, até que estagnou numa tida como oficial, no século IV d.C.  Ainda que não estejam mais de pé, informações precisas a seu respeito foram preservadas por estudiosos, ao longo do tempo. Após algumas pesquisas por aí, elaborei a descrição de cada uma delas. Boa leitura.

Pirâmide de Quéops



 Cortesia do faraó Quéops na quarta dinastia (século XXVI a.C), a mais antiga das sete maravilhas, com cerca de 4500 anos de idade, (e a única da lista que ainda está de pé até hoje) se sobressai dentre as três grandes pirâmides de Gizé, por sua organização e projeto, tidos como os mais geniais e complexos da história da arquitetura. Com 146,60 metros de altura, era a mais alta construção já feita pela mão do homem até o ano de 1300, com a fundação da Catedral de Lincoln, que tinha 159 metros. Essa catedral foi destruída, fazendo com que a grande pirâmide voltasse a reinar absoluta, até a construção da Torre Eiffel, na França.
 Hoje por conta da falta do seu revestimento (saqueado) e de parte do topo, a construção mede 137,16 metros. Na época de sua construção, empregou cerca de 100 mil pessoas, que trabalharam durante 20 anos... Há quem diga que dada à altíssima complexidade arquitetônica, e ao método utilizado pelos trabalhadores para transportar e erguer blocos de pedra com várias toneladas cada, o próprio conceito de “pirâmide” foi ensinado aos egípcios por ninguém menos que alienígenas... (sic).

Jardins suspensos da Babilônia



 A menos conhecida de todas as maravilhas aqui descritas. Isso porque foi destruída em período desconhecido (talvez na decadência do período neo-babilônico), e mesmo assim, não existem vestígios arqueológicos de qualquer natureza – exceto um poço localizado nas proximidades, que devido a seu formato anormal, pode de fato ter feito parte dos jardins. Infelizmente com as evidências atuais, não é possível comprovar, muito menos provar ou desprovar coisa alguma.
 Construído por Nabucodonosor II com o intuito de homenagear a sua esposa Amítis, os jardins suspensos eram impressionantes e dignos da mais profunda admiração, pelos que vinham de fora: Muitos viajantes acreditavam ser uma miragem, até chegarem perto o bastante. O conjunto consistia em seis montanhas artificiais, construídas com tijolos de barro cozido, sustentadas por grandes colunas que variavam de 10 a 100 metros de altura, numa série de terraços sobrepostos onde foram plantadas várias espécies de árvores e flores – por toda sua extensão, eram localizadas imensas cachoeiras artificiais que funcionavam por meio de um sistema hídrico interno, operado por trabalhadores que se revezavam em turnos. Por essas e outras, Heródoto dizia que a Babilônia (por sinal, o centro do mundo oriental na época), ultrapassava em matéria de esplendor qualquer outra cidade conhecida: Ele estava certo.
 Hoje, as ruínas da Babilônia encontram-se abaixo da cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdá, a capital do Iraque.

Estátua de Zeus em Olímpia



 Trata-se de uma imensa estátua decorada com ouro e outras pedras preciosas, localizada em Olímpia, a cidade conhecida por sediar os jogos olímpicos da Grécia, na antiguidade. Construída por Fídias no século V a.C em homenagem a Zeus, rei dos deuses, a estátua possuía de 12 a 15 metros de altura – o equivalente a um prédio de 5 andares, sendo toda feita de marfim e ébano.
 Considerada pelos gregos como uma verdadeira obra-prima, a estátua representava o próprio Zeus sentado em seu trono, com Nike (a deusa da vitória), repousando em sua mão direita, enquanto que na esquerda, segurava uma esfera sobre a qual se debruçava uma águia. Por idealizar obras de arte deste porte, Fídias era famoso por segundo os gregos, ser um dos únicos capazes de revelar aos homens, a face dos deuses.
 Na época de sua construção, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental, mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época, ao contrário: O século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes. Acredita-se que a estátua foi destruída no ano 462 d.C durante um terremoto (800 anos depois que já tinha sido transladada da Grécia para Constantinopla).

Templo de Ártemis em Éfeso



 Considerado o maior templo da antiguidade, ele foi construído em honra a Ártemis, deusa da caça e protetora dos animais. Quersifrão e Metagenes, foram responsáveis pelo seu projeto no ano 550 a.C e após concluído, passou a ser um ponto turístico e religioso, para onde os fiéis levavam oferendas de todos os tipos. Foi posto a baixo em 356 a.C por Heróstrato, cuja ação ele acreditava que seria capaz de trazer-lhe fama – coisa que de fato não aconteceu.
 Foi reconstruído no ano da morte de Alexandre o Grande (323 a.C), porém os Godos o destruíram mais uma vez em 262 d.C. Sua importância foi diminuindo à medida que o mundo se convertia ao cristianismo, até que foi totalmente posto de lado em 401 d.C – desse tempo para cá, só restou um pilar, nas ruínas da construção original, atualmente um sítio arqueológico.

Mausoléu de Halicarnasso



 Trata-se de um luxuoso e imponente monumento funerário, construído em 353 a.C por Sátiro e Pítis (arquitetos gregos), além dos escultores também gregos Briaxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. Foi um pedido da rainha Artemísia II do reino de Cária, para servir de sepultura a seu irmão e marido, o rei Mausolo.
 Pedaços desta construção podem ser encontrados atualmente no Museu Britânico, assim como também em Bodrum, na Turquia.



Colosso de Rodes



  Idealizado e construído por Chares de Lindo, cujas obras começaram em 294 a.C, era uma imensa estátua de 32 metros de altura, que representava o deus grego do sol, Hélios. O monumento teria sido construído, para comemorar a vitória dos gregos, sobre os macedônicos em 305 a.C.
 Provavelmente, a construção levou 12 anos para ficar pronta – todo feito de bronze (extraído a partir da fundição dos equipamentos militares deixados para trás pelos macedônicos depois dos combates), o colosso foi erguido nas proximidades do porto da cidade, e permaneceu de pé menos de 60 anos, quando um terremoto (de novo terremoto... caramba...) o destruiu. Ficou em ruínas durante muito tempo, até a chegada dos árabes em Rodes, no ano de 654 d.C – os invasores do oriente médio, desmontaram as peças quebradas da estátua e as venderam.

Farol de Alexandria



 Uma torre de mármore situada na ilha de Faros, próxima ao porto de Alexandria no Egito (daí o nome “farol”). Sua construção foi ordenada por Ptolomeu I ao arquiteto grego Sóstrato de Cnido.
 Na sua câmara superior, havia uma chama acesa que ao ter sua luz refratada num jogo de espelhos, podia ser direcionada a até 50Km de distância no mar à frente, ajudando os barcos a se orientar na escuridão – sendo por isso o maior e mais imponente farol de sua época. Infelizmente também foi destruído por um terremoto em 1375, sendo a maravilha a durar mais tempo de pé (só atrás das Pirâmides de Gizé).
 As ruínas do farol só seriam descobertas em 1994 por grupos de mergulhadores.

  

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